segunda-feira, dezembro 19, 2011

Homilia - III Domingo do Advento

3º Domingo do Advento
Início do Novo Ano Eclesiástico
“Ciclo do Natal”




                                                                                              Fl 4, 4-7
                                                                                              Grd 99, 1-2
                                                                                              Jo 1, 19-28



Domingo, 11 de Dezembro de 2011.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!

            Meus amados! Celebramos o 3º Domingo do Advento, também conhecido como “Gaudete Domino”, (Domingo da alegria). Nós nos alegramos, pois já estamos mais próximos do Presépio de Belém, para Adorarmos o Menino Deus, que vai chegar. Nada de papai-noel, nada de consumismo que este boneco representa, mas sim a alegria de Jesus, nosso Deus. Neste dia, também, podemos rezar o Santo Sacrifício com os paramentos rosa, que simbolizam a alegria da chegada do Senhor, no nosso meio. É o que São Paulo nos fala na sua Epístola: “Alegrai-vos incessantemente no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos” (Fl 4, 4). No início da Santa Igreja, neste Domingo, eram feitos os escrutínios para as ordenações, portanto, é uma alegria especial; no entanto, a principal alegria é nos aproximamos de Jesus e do Seu Natal. Da mesma forma quando chegarmos perto de uma fogueira, e sétimos o seu calor, assim, também, quando chegamos perto do Presépio, sentimos o fogo do amor do Menino Deus a nos queimar. Ainda é Advento, ainda é espera... Mas já estamos bem perto da chegada do Senhor.

            A recomendação do Apóstolo São Paulo, em “alegrarmo-nos insistentemente no Senhor”, é um convite a aspirarmos e abraçarmos as coisas do Alto. Porque são estas coisas que nos dão a verdadeira alegria, Dom do Espírito Santo. Por isso o Apóstolo usa o termo insistentemente, para nos dizer que essa alegria é duradoura, pois ela não depende da variação do nosso humor, ou dos contratempos da vida. Ou seja, ele quer nos dizer que é possível ser feliz na tribulação, a exemplo dos santos, como eram os primeiros cristãos, a caminho do martírio, na confiança e na resignação. Na nossa fraqueza ainda somos apegados a uma falsa alegria, aquela que o mundo, a carne, os prazeres, o dinheiro nos oferecem. O que significa que não devemos chamar isso de alegria, mas de euforia, pois ela é passageira, como o vento.  A verdadeira alegria é um Dom de Deus, dada àqueles que procuram e deseja conhecer a verdade, a Sã Doutrina – tão rejeitada, tão maquida (traída), pelas conveniências do politicamente correto – e nos esforçarmos para segui-la. Alegramo-nos no Senhor, como nos diz o Apóstolo, quando nos esforçamos para vivermos a Santa Palavra de Deus, que nos ensina o Magistério da Igreja, através das Sagradas Escrituras e da Santa Tradição. Muito mais felizes seremos se fugirmos do pecado, das ocasiões de pecado e das tentações (orgias) deste mundo, que exalta a carne e sufoca o espírito, lugar que Deus deseja ser glorificado. “E a paz de Deus que está acima de todo o entendimento, guarde os vossos corações e os vossos espíritos em Jesus Cristo” (Fl 4, 7).

            Meus amados, não devemos deixar que as infelicidades deste mundo nos amedronte, e nos tire a paz. O inimigo das nossas almas nos perturba, nos persegue e deseja nos privar da alegria do Senhor. Alegria que é está na Sua presença, de modo particular diante do Seu Altar, unindo nossas fraquezas ao Seu Santo Sacrifício, para que tudo seja ofertado ao Pai. O maligno deseja nos privar dessa graça, e faz tudo para nos afasta da Santa Missa. Por isso o Santo Natal, hoje em dia, não é mais do Menino Jesus, que nasce em Belém, mas dos presentes e do comércio que embalam a festa. O Senhor está próximo, o Seu Natal virá e nós devemos nos alegrar! Mais ainda devemos preparar os nossos corações, não com os enfeites da sensualidade, mas com o ornamento da caridade, que embeleza a alma, e abre o caminho para o céu. Sejamos vigilantes, pois o Advento nos convida a despertar, para irmos ao encontro do esposo, como as virgens prudentes, com o óleo em suas lâmpadas: óleo da caridade, do amor, da verdade; óleo da penitência, da pureza, pois essa virtude, de modo particular, embeleza nossas almas, e nos prepara para o abraço do Pai. O mundo, hoje, idolatra a impureza, rejeita os Mandamentos, de modo particular o Mandamento da Castidade, tão ridicularizada e desprezada. Os nossos jovens se perdem, ao mergulhar nessa loucura, visto que, ao fazerem isso, rejeitam Aquele que nos convida a abraçar a cruz e segui-Lo. No Evangelho de hoje São João nos diz que ele não é o Cristo, e que ele não é digno sequer desatar as Suas sandálias. “Disse-lhes (então) ele: Eu sou a voz que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor, como nos disse o profeta Isaías” (Jo 1, 23). No deserto das nossas almas, aplainemos o caminho dos nossos corações, para que Deus possa vir morar...

            “Não vos inquieteis com nada, mas em todas as circunstâncias manifestai a Deus as vossas necessidades, por meio de orações e de súplicas, unidas a ação de graças” (Fl 4, 6). Hoje vivemos tão inquietos, perturbados, agoniados, mas eu costumo dizer que “a casa pode cair sobre nós, e o mundo pode desabar”, mas nada deve nos tirar a paz, pois Ela vem de Deus. Rezemos em família o Santo Rosário, e peçamos a Virgem Santíssima que refugie nossos corações, neste tempo de prova e de purificação. A ação de graça, como nos diz o Apóstolo, é nos voltarmos para o Santo Sacrifício da Missa, comungar o Corpo e o Sangue do Crucificado, que desse sobre os Altares, diante dos nossos olhos, e que também virá, misticamente, no Santo Natal. Só assim podemos amenizar a violência que reina e o pecado que impera, em todos os sentidos. Quanto sangue de crianças inocentes, derramado com o crime do aborto; também, o quanto se destrói a pureza das nossas crianças, e mergulham nossos jovens no mundo da luxúria e do pecado do orgulho, que matam as almas, afastando-as de Deus! Apresentemos tudo a Deus, por meio do Coração Imaculado da nossa Santíssima Mãe, que sofre a perda de tantos filhos que se rebelam contra o seu criador. Por isso Ela nos chama, insistentemente, com o Seu carinho Materno, para voltarmos, com alegria, a casa do Pai. Para irmos a Belém e Adorarmos o Seu Filho que vai nascer. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!


Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor...

Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso,

Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Tarciso Alves Maia Júnior



 Ação de Graças depois do Santo Sacrifício:

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é Convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém! (3 vezes).

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida doçura, esperança nossa, salve. A vós bradamos degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo, chorando, nesse vale de lágrimas. Eia pôs, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois desse desterro, mostrai-nos Jesus. Bendito é o fruto do Vosso Ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.

S. Rogai por nós Santa Mãe De Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e as ciladas do demônio. Ordena-lhe Deus, instantemente vos pedimos, vós, príncipe da Milícia Celeste, pela Virtude Divina precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Assim seja.

S. Sacratíssimo Coração de Jesus. (3 vezes)
R. Tende piedade de nós!

Alma de Cristo – santificai-me.
Corpo de Cristo – salvai-me.
Sangue de Cristo – inebriai-me.
Água do lado de Cristo – lavai-me.
Paixão de Cristo – confortai-me.
Ó Bom Jesus – ouvi-me.
Dentro de vossas chagas – escondei-me.
Não permitais – que eu me separe de Vós.
Do espírito maligno – defendei-me.
Na hora da morte – chamai-me, e mandai-me ir para Vós, para que com os Vossos anjos, Vos louve pelos séculos dos séculos. Amem!

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A GRANDE TRIBULAÇÃO