Irmãos amados, posto um artigo inspirador para aqueles que se dispõem a começar a preparação espiritual para a missão, para os dias que se aproximam, a fim de estarmos dispostos, fortelecidos e disponíveis com alegria ao chamado do Pai.
O artigo dispensa mais palavras sobre o sentido e a espititualidade sugeridos pela "VOZ QUE CLAMA NO DESERTO"...Face oculta do meu Ser
Diante deste fato, somos instruídos de que seremos transfigurados um dia. Um dia! Tão distante!
Temos ouvido que vivemos o mistério de Jesus, isto é, sua vida, suas obras, sua Paixão, Ressurreição, Ascensão e Glória junto ao Pai. Continuamos distantes! Para nós, a religião é fazer algumas rezas, quando muito participar da missa e viver corretamente. Alguns se satisfazem apenas com um sentimento religioso.
Mas vamos abrir a cortina de nosso ser cristão e ver do lado oculto, aquele que vivemos em Deus…
O que acontece em nós do ponto de vista espiritual? Primeiramente não podemos separar a presença de Deus do nosso ser humano. Temos este lado brilhante, mas profundamente escuro. Cada um de nós sabe que Deus é o mais íntimo de meu íntimo. Ele está profundamente presente em nós. Paulo diz: “não sou eu quem vivo é Cristo quem vive em mim”(Gl 2,20).
Pedro na sua carta diz: “somos participantes da natureza divina” (2 Pd 1,4). Diz também Jesus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e nós viremos a ele, e faremos nele morada” (Jo 14,23). Deus age em nós com sua energia divina. O que faz? Pelo seu Espírito deifica-nos. É uma terminologia que não estamos habituados a usar, mas é uma realidade profunda em nós: Lentamente vamos sendo transformados, transfigurados.
Não são nossas ações espirituais o que nos faz espirituais. Ao contrário, elas brotam de nosso ser espiritual, isto é, brotam como frutos de nosso interior onde Deus é vida. Se colaborarmos, esta vida cresce e se manifesta. Mas é Ele quem age. Deus opera maravilhas dentro em nós.
É preciso entrar na nuvem e, às apalpadelas, ir tocando esta presença atuante.
A vida espiritual não é o que fazemos, mas o que somos. O que somos? Templos vivos de Deus, morada de Deus, filhos amados. Como sei que estou crescendo nesta união com a Presença que há em mim? Isso é manifestado quando Deus começa a ser interessante para mim; Quando as coisas dEle me interessam e passam ser a minha ocupação; Quando me alegro com Ele. Quando vejo sua ação e presença por onde passo, seja numa pessoa, na natureza e ou nos acontecimentos.
A fé não é crer num punhado de verdades, mas “é saber-se amado…Amar a Deus não é um dever, mas um grito de reconhecimento, quando compreendemos que ele nos amou primeiro até o horror da cruz” (O. Clement, Alle fonti con i Padri).
A maior certeza desta presença é tomar a cruz e alegremente, mesmo na dor, seguir o Jesus até à Crucifixão, momento em que o Pai aceitou o ato de amor do Filho.
Não se preocupe de não enxergar nesta escuridão, pois os olhos da fé vêem no escuro.
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